"Das pestes vagas nos desertos,
Conforme seja dado por morto.
Faz de ti a figura que desaparece
Da penumbra tosca dum encosto.
Conforme o dito por não dito,
Do calar repentino veio grito.
De súbito a voz perdida
Canta o desencanto em vida.
Que busca o abraço largo
No mais estreito dos fardos:
Como quem perde a alegria
Rente ao lábio desejoso.
Lança ao vento tuas palavras,
Pois de ti doces a amargas.
Minto a mim mesmo o querer
Para morrer conformado.
Quem me dera este absinto,
Sorvesse como se tu fosse.
Tal qual guerreiro vitorioso
A devorar quem foi vencido.
Não demora muito agora,
Com o sol a romper aurora.
Rasga...
Nem sequer chora.
Dorme criatura vil.
Nem se apercebe que vou...
Que mesmo querendo ficar...
E fico de tolo que sou.
Sangro dos pés que te rondam,
Um menestrel incansável.
Cativo...
De quem se faz envaidecido.
Reside em mim ultimo alento
Que de ti nada sustenta...
A não ser min'halma incauta
Em pleno descontentamento.
Dorme...Que do alto da muralha,
Donde quase tudo vejo,
E me esvazio do mundo
No meu imenso desejo."
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