sexta-feira, 23 de março de 2012

LÁPIS DE GRAFITE

Infelizmente não sei de quem é este desenho, nem
consigo identificar a assinatura.
Minhas primeiras manifestações artísticas foram obtidas com lápis de grafite. Segundo minha mãe, eu era ainda muito pequeno quando alguns alunos chegaram a nossa casa em busca de uma criança para fazer um desenho para ser exibido em uma gincana escolar. Desenhei um pintinho, e aquela foi minha primeira obra a ser exposta. Hoje costumo dizer que trabalhar com lápis e desenvolver uma técnica é para poucos, e que eu gostaria muito de estar entre esses poucos.
Desenho de Edgar Degas
O lápis surge na Alemanha pela primeira vez em 1644 na agenda de um Oficial de Artilharia. Em 1761 na aldeia de Stein, perto de Nuremberg, Kaspar Faber inicia sua própria fábrica de produção de lápis na Alemanha.
A partir de 1839 ocorre um aperfeiçoamento do chamado processo de fabricação da grafite, com a adição de argila; uma invenção quase paralela do francês Conté e do austríaco Hartmuth no final do século XVIII. A partir de então argila e grafite moídos são misturados até formarem uma pequena vara e depois queimados.
Gustav Klimt
Através da mistura de argila com grafite tornou-se então possível fabricar lápis com diferentes graus de dureza. Lothar Von Faber aumenta a capacidade de produção de sua fábrica. Após a construção de um moinho de água, a serragem e entalhamento da madeira passam a ser mecanizados e uma máquina a vapor torna a fabricação ainda mais racional. Desta forma está aberto o caminho para a indústria de grande porte.
Dos tempos pioneiros até os dias de hoje, tanto a qualidade quanto a forma de produção dos lápis de grafite e dos lápis de cor, foram sendo cada vez mais aprimoradas. Embora a forma e a aparência externa dos lápis tenham sido mantidas iguais até os nossos dias, não é possível comparar os lápis fabricados antigamente com a pureza e seriedade com que os artigos atuais são produzidos.
Quase todos os tipos de papel - lisos, texturizados, rugosos - são também um suporte adequado. Papéis como o "Ingres" ou "Canson" são ótimos suportes para trabalhos em tons de cinza e em "degradé". O tipo de papel que se usa é importantíssimo, pois determina a forma como a grafite se vai comportar. Papéis coloridos são também frequentemente usados para trabalhos de desenho à grafite.

Nenhum comentário: