segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CHOBUNSAI EISHI

Chobunsai Eishi nasceu em 1756 filho mais velho de um samurai oficial Edo da família Hosoda. Estudou com Kanô Michinobu e serviu como pintor da corte shogun por alguns anos. Como muitos artistas japoneses seu nome é um pseudônimo artístico. Eishi lhe foi dado pelo shogun Tokugawa leharu, enquanto que seu nome artístico Chobunsai, também usa o símbolo sai (斎) com o significado de estúdio, como fizeram muitos outros artistas japoneses: Hokusai, Kôryusai, Keisai Eisen and Ichiryusai Hiroshige. Em 1780, aos 24 anos, sua arte teve uma reviravolta: ele deixou de pintar para a elite, passando a se dedicar ao ukiyo-e. Seu estilo tem elementos distintos refinados e cheios de graça, com belezas graciosas, altas e esbeltas. 

Chôbunsai Eishi, também conhecido como Hosoda Eishi, foi um ukiyo-e pintor e designer de impressão, conhecido principalmente por suas representações de alto, magro, belezas graciosas. 

O filho mais velho de um oficial local samurai de Edo da família Hosoda, Eishi estudou sob Kano Michinobu , e serviu como um pintor da corte oficial para o shogunato para um número de anos. Ele segurou hatamoto posto e teve uma renda de 500 koku . Sua arte-nome , Eishi, lhe foi concedido pelo shogun Tokugawa Ieharu si mesmo. Chôbunsai é também um pseudônimo, um nome de estúdio, usando o personagem sai (斎) em seu significado de "estúdio", tanto quanto fez a artistas Hokusai , Koryusai , Keisai Eisen e Ichiryûsai Hiroshige . 

Em meados da década de 1780, no entanto, Eishi fez uma mudança dramática, e mudou-se do reino da pintura de elite para ukiyo-e. Depois de trabalhar em ilustrações para kibyôshi por vários anos, em 1789, começou a produzir ukiyo-eobras a sério, incluindo folhas soltas gravuras e pinturas. Seu estilo mostra influências de Utamaro , Kiyonaga Torii e outros, mas tem elementos distintivos também. Eishi mulheres são alto e esguio, uma continuação e desenvolvimento de uma tendência iniciada por Utamaro e Kiyonaga, e possuem um refinamento e graça raramente ultrapassou os números embijinga por outros artistas. 

Por volta de 1798, ele abandonou a projetos de impressão, e voltou sua atenção mais para a pintura. Diz-se que um de seus handscrolls, descrevendo cenas ao longo do Sumidagawa, impressionou tanto os clientes ricos para quem foi pintado que eles apresentaram-lo em uma exibição especial para a família imperial. Esta foi uma honra especialmente rara para um pedaço plebeu ukiyo-e, uma que talvez nenhum artista ukiyo-e outro já se. 

Apesar de nunca Eishi formalmente estabelecida uma escola e treinados, mas alguns alunos diretos, ukiyo-e conhecedor de Richard Lane identificam uma série de artistas que seguiu os passos de Eishi, descrevendo-os como "uma das figuras mais fascinantes secundárias em ukiyo-e história”. Incluem Eishôsai Choki, Chokosai Eisho, Rekisentei Eiri ,Chôkyôsai Eiri e Ichirakutei Eisui .






sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Concurso do Correio irá premiar foto da mais bela árvore do cerrado

Seleção começa em 25 de outubro, e os prêmios são celulares de última geração.Depois do sucesso do concurso cultural que elegeu os ipês roxo e o amarelo mais bonitos da região, o Correio Braziliense lança um novo desafio: selecionar a mais bela árvore do cerrado plantada no Distrito Federal ou no Entorno. A promoção dá continuidade às eleições sobre o ipê-roxo, em junho, e o amarelo, em agosto. O último atraiu 89.656 imagens feitas pelos internautas.

Para participar, o concorrente deverá mandar uma fotografia atual com sua espécie favorita. O envio da imagem será feito para um hotsite específico do portal do jornal, a partir de 25 de outubro. O concurso irá até 5 de novembro, e os autores das três fotografias mais votadas serão premiados com celulares de última geração, por meio de uma parceria firmada com a operadora de telefonia celular Vivo. O primeiro colocado ganhará um iPhone 4S 16GB; o segundo, um Samsung Galaxy S; e o terceiro, um Nokia Asha 302.

Diversidade

Não faltam opções para concorrer. A diversidade do cerrado engloba árvores como pau-terra, buriti, jatobá, cagaita e mama cadela, entre outras espécies. Segundo especialistas, a iniciativa aproximará o leitor da vegetação nativa da cidade onde mora e despertará a consciência ecológica por meio da importância dessas árvores para o bioma.

Essa é a opinião do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) José Felipe Ribeiro. Ele acredita que a promoção vai surpreender muita gente. “Todo mundo acha que o cerrado é feio, com árvores tortas que não servem para nada. Espero que o concurso ajude a mudar essa percepção. Nossa vegetação é muito mais que uma textura marrom. Temos muitas cores e espécies de potencial econômico enorme”, ensina.

Ele explica que características como troncos retorcidos e secos, às vezes, floridos, e com uma grande quantidade de insetos têm muito valor para a conservação e o uso de meio ambiente. “As plantas protegem a pureza da nossa água e dão qualidade ao clima. Sem elas, como seria a seca? A vegetação do cerrado é rica e as pessoas devem aprender a valorizá-la”, recomenda.

Preconceito

Marcelo Hermes, professor e biólogo da Universidade de Brasília, considera a vegetação do cerrado maravilhosa. “Existe muito preconceito com as árvores daqui, um erro de avaliação de que o solo é pobre. A biodiversidade é diferente, a segunda maior do Brasil”, aponta. Além disso, ele afirma que o calor e o clima de Brasília têm relação com a poda de árvores na cidade e a quantidade de asfalto e cimento, devido às inúmeras construções.

“As árvores trazem sombras, belezas e dão vida à cidade. No verão, ao meio-dia, no Museu da República, por exemplo, sentimos o efeito da falta de árvore aliado à camada de asfalto e cimento. Se fosse grama, seria menos pior, pois não teria irradiação de baixo para cima”, pondera.

Para participar do concurso que escolherá a planta mais bonita do cerrado, é necessário ser pessoa física, maior de 16 anos, residente e domiciliada no DF e no Entorno. Na primeira etapa de apuração, serão selecionadas 25 fotografias entre todas as enviadas pelos participantes.

As imagens serão divulgadas no portal do Correio Braziliense em 11 de novembro. No dia seguinte, começa a votação popular, que vai até o dia 20. A divulgação dos vencedores ocorrerá em 25 de novembro.

Fonte: Correio Braziliense
Por: Amandda Souza

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Manual Prático do Artista(Ray Smith)

Um guia prático complete das artes visuais. Contendo informações essenciais e com mais de 1000 ilustrações coloridas, o Manual Prático do Artista é um guia sobre os instrumentos, materiais e técnicas do trabalho do artista. Abrangendo processos modernos significativos disponíveis atualmente ao artista, assim como uma larga gama de técnicas tradicionais, ele oferece um rico e detalhado conhecimento técnico, assim como orientação especializada sobre cada aspecto da pintura, desenho, impressão e artes visuais relacionadas.

O autor, o britânico Ray Smith, foi conferencista convidado em muitas escolas de arte, incluindo a Chelsea School of Art e a Universidade de Plymouth e foi Artista Residente da Universidade de Southampton. Em 1990, ele foi indicado pelo governo de Sua Majestade para atuar como membro do Art Working Group for the National Curriculum. Seus trabalhos estão representados nas dez maiores coleções públicas da Inglaterra e do mundo.


O mais moderno manual para o artista. Mais de 1000 fotografias ilustrando materiais, técnicas, projetos e exemplos de obras finalizadas. Texto simples, acessível a todos, descreve, em uma linguagem clara, os métodos clássicos ou inovadores, equipamentos tradicionais u alternativos, problemas e dificuldades e até mesmo técnicas de restauro e conservação. 


ISBN: 9788561749019
Autor: Ray Smith 
Encadernado, 384 Pgs.
Editora Ambientes e Costumes

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"SEIS"

Da esquerda para a direita, a partir de cima: Patrick, Christian,  Glauber,
Josias, Douglas e  Victor
.

Partiram cedo...
Eram apenas os primeiros raios de sol a corar o rosto.
O primeiro despertar para vida.
Seis folhas levadas pelo vento.

Amigos de rua, de brincadeiras e de uma mesma simplicidade.
Corações pulsantes e cheios de vida.
Quem dera poder impedir...
Quem dera poder prender num abraço e não deixar partir.

Seis colibris a voar.

Trabalhar e estudar;
Trabalhar por ser preciso ajudar em casa;
Estudar por saber que assim poderiam chegar a algum lugar.
Sonhar.

Seis golfinhos a nadar.

Amigos serão sempre amigos.
Lembranças de quem se foi.
Saudade de quem ficou.
Receio de que isso nunca pare de acontecer.

Seis lírios na janela.

Nada poderá preencher o vazio.
Nada poderá cicatrizar essas dolorosas feridas.
Nenhum desses pais será o mesmo.
Indefesos... E o que podemos fazer?

Seis amigos/
Seis irmãos/
Seis filhos/
Seis não pais/
Seis não engenheiros/
Seis não avós/
Seis vidas interrompidas.

Seis pares de pernas que atravessavam na faixa.

Sabes da dor?
Sabes realmente o quão frágeis somos?
Sabes qual seu papel neste momento?
(Eu não sei... Estou perdido no meio de um tiroteio.)
Pois bem, sei apenas que isto me dói muito.

O seis sou eu e você.
O seis é um número maior.
É uma estatística ainda mais estarrecedora.
É um multiplicar por seis inúmeras vezes.

Seis JOVENS.

Seis mil Patrick,
Seis mil Christian,
seis mil Glauber,
Seis mil Josias,
Seis mil Douglas,
Seis mil Victor.

Seis formas de amar.
Seis formas de sentir saudades.
Seis formas cruéis de pensar na nossa humanidade.
Seis formas tristes de despedida.
Seis anjos.
Seis vidas...


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CÂNDIDO PORTINARI

Filho de imigrantes italiano, Cândido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.

Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
Menino com carneiro

Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.

Em 1946 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a ideia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).

A década de quarenta começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de (Pablo Picasso).

Em 1951 uma anistia geral faz com que Portinari volte ao Brasil. No mesmo ano, a 1° Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde. Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava.

Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, o envenenamento de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas tintas que o consagraram.

Seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos direitos autorais das obras de Portinari.
Cândido Portinari, Cangaceiro., óleo sobre tela.
Descida da Cruz (painel - Passo XIII da Via Sacra ) , 1944 - 1945 
São Francisco
Futebol

sábado, 14 de julho de 2012

"MEDITAÇÃO"

NANQUIM SOBRE PAPEL PARDO 22cm X 28cm
"MEDITAÇÃO"

Um de meus estudos feito com paciência e com muita dedicação ao universo feminino. A inspiração para este desenho veio de uma fotografia que gostei muito. Ela é de uma beleza impar e que por alguns instantes me fez pensar a respeito de nossa vontade de poder encontrar o equilíbrio desejado. 
Mais uma vez lanço meu olhar para o Oriente e para beleza e complexidade de sua cultura.





sexta-feira, 15 de junho de 2012

Camille Claudel


Descobri Camille quando li uma biografia de Auguste Rodin. Fiquei muito curioso a respeito daquela mulher que aparentemente tinha um talento incrível.  Ir atrás de tudo que fizesse menção a esta mulher que passei a admirar cada vez mais passou a ser algo que dediquei-me por um algum tempo. Fico triste em saber que pouquíssimas de suas obras são conhecidas, ou até mesmo chegaram até nós como sendo dela. Quando assisti o filme CAMILLE CLAUDEL(França, 1988, Califórnia Filmes. Dirigido por Bruno Nuytten. Tendo Isabelle Adjani como Camille e Gérard Depardieu como Rodin) fiquei ainda mais maravilhado com essa mulher.
Camille era filha de Louis Prosper,um hipotecário, e Louise Athanaïse Cécile Cerveaux. Camille passou toda sua infância em Villeneuve-sur-Fère, morando em um presbitério que seu avô materno, doutor Athanaïse Cerveaux, havia adquirido. Foi primeira filha do casal, sendo quatro anos mais velha que Paul Claudel. Ela impõe a seu irmão, assim como a sua irmã caçula Louise, sua forte personalidade. Ela comandava os dois desde pequena. Segundo Paul, seu irmão, ela declarou desde cedo seu desejo de ser escultora. Camille também tinha certas premonições e previu também que seu irmão se tornaria escritor e sua irmã Louise seria musicista.
Seu pai, maravilhado com seu estupendo e precoce talento que, ainda na infância, produziu esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios de desenvolver suas potencialidades, a colocando em escolas e cursos de primeira linha. Sua mãe, por outro lado, não vê com bons olhos, colocando-se sempre contra todo aquele empreendimento, reagindo muitas vezes violentamente no sentido de reprovar a filha que traz incômodos e custos excessivos para a manutenção de seu "capricho". O sonho de Camille é ser uma escultora de sucesso e vê essa vontade ameaçada pela mãe, que acha que ocorrem muitos gastos com a educação da menina.
Em 1881, já com 17 anos, sai de casa para ir em busca de seu grande sonho. Parte para Paris e ingressa na Academia Colarossi, uma escola que forma artistas escultores. Ela teve por mestre primeiramente Alfred Boucher e depois Auguste Rodin. É desta época que datam suas primeiras obras que nos são conhecidas: A Velha Helena (La Vieille Hélène— coleção particular) ou Paul aos treze anos (Paul à treize ans — Châteauroux).
O tempo passa, e seu professor Rodin, impressionado pela solidez e tamanha beleza de seu trabalho, admite-a como aprendiz de seu ateliê na rua da Universidade em 1885 e é nesse momento que ela colaborará na execução das Portas do Inferno (Les Portes de l'Enfer) e do monumento Os Burgueses de Calais (Les Bourgeois de Calais).
Tendo deixado sua família pelo amor a escultura, ela trabalha vários anos a serviço de seu mestre, por quem é secretamente apaixonada, e ela mantem-se à custa de sua própria criação, pois ela ganha salário como aprendiz. Por vezes, a obra de um e de outro são tão próximas que não se sabe qual obra de seu professor ou da aluna. As vezes se confunde em quem inspirou um ou copiou o outro, pois Camille faz tão bem seu trabalho que parece que a anos ela trabalha com arte. Suas esculturas e as de Rodin são muito idênticas, fato que aproxima os dois.
O tempo passa e Camille e Rodin se envolvem, e têm um caso ardente de amor. Porém Camille Claudel enfrenta muito rapidamente duas grandes dificuldades: De um lado, Rodin não consegue decidir-se em deixar Rose Beuret, sua namorada desde os primeiros anos difíceis, e de outro lado, alguns afirmam que suas obras seriam executadas por seu próprio mestre, ou seja, acusam Camille de ter copiado todos os trabalhos de seu professor em vez dela mesma fazer. Muito triste e depressiva pelas acusações e por Rodin ainda ter outra mulher, Camille tentará se distanciar de Rodin e a fazer suas obras de arte sozinha. Percebe-se muito claramente essa tentativa de autonomia em sua obra (1880-94), tanto na escolha dos temas como no tratamento: A Valsa (La Valse — Museu Rodin) ou A Pequena Castelã (La Petite Châtelaine, Museu Rodin). Esse distanciamento segue até o rompimento definitivo em 1898. A ruptura é marcada e contada pela famosa obra de título preciso: A Idade Madura (L’Age Mûr – Museu d'Orsay).
Ferida e desorientada, ainda mais por descobrir que seu romance com Rodin não passou de uma aventura para ele e que ele prefeiu a namorada, Camille Claudel passa a nutrir por Rodin um estranho amor-ódio que a levará à paranoia e a loucura. Ela instala-se então no número 19 do hotel Quai Bourbon e continua sua busca artística em grande solidão, pois ama loucamente Rodin, mas ao mesmo tempo o odeia por ele tê-la abandonado. Ela se entregou a esse homem de corpo e alma e em troca só teve ingratidão e abandono. Apesar do apoio de críticos como Octave Mirbeau, Mathias Morhardt, Louis Vauxcelles e do fundidor Eugène Blot, seus amigos, ela não consegue superar a dor da saudade. Eugène Blot organiza duas grandes exposições, esperando o reconhecimento e assim um benefício sentimental e financeiro para Camille Claudel, pois ele quer ajudar a amiga em dificuldade. Suas exposições têm grande sucesso de crítica, mas Camille já está doente demais para se reconfortar com os elogios. Ela passa a ficar estranha e obscessiva, querendo a morte de Rodin. Ela passa a se lembrar de seu passado, a mãe a impedindo de ser uma artista e lembranças ruins da infância passam a sufocá-la cada vez mais.
Depois de 1905, os períodos paranóicos de Camille multiplicam-se e acentuam-se. Ela crê em seus delírios. Entre seus sonhos doentes, ela acredita que Rodin roubará suas obras de arte para moldá-las e expô-las como suas, ou seja, ela acha que Rodin roubará as esculturas e falará que foi ele quem fez. Ela passa a achar que o inspetor do Ministério das Belas-Artes está em conluio com Rodin, e que desconhecidos querem entrar em sua casa para lhe furtar suas obras de arte. Nessa fase ela passa a falar sozinha e já adquiriu a esquizofrenia. Também chora muito, e passa a ter ideias de suicídio. Camille cria histórias imaginárias que ela passa a achar que são puramente verdade. Nessa terrível época que suas crises de loucura aumentam, vive um grande abatimento físico e psicológico, não se alimentando mais e desconfiando de todas as pessoas, achando que todos a matarão. Ela se isola e como mora sozinha no hotel, ninguém sabe de sua condição, pois ela rompe a amizade com os amigos e passa a querer ficar e viver sozinha em seu quarto. Ela se mantém vendendo as poucas obras que ainda lhe restam.
Seu pai, seu porto-seguro, a única pessoa que a mais entendeu na sua vida, morre em 3 de março de 1913, o que piora por completo sua depressão e a faz sair da realidade mais ainda. Ela entra em uma crise violenta, quebrando tudo e gritando, e em 10 de março, ela é internada no manicômio de Ville-Evrard. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou-a a ser transferida para Villeneuve-lès-Avignon onde morre, após trinta anos de internação e desespero, passando todo esse tempo amarrada e sedada. Morreu em 19 de outubro de 1943, aos 79 anos incompletos.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CHUCK CLOSE


Chuck Close (Charles Thomas Close) é um fotógrafo e pintor americano nascido em Washington em 1940 (Estados Unidos da América). Close utiliza como técnica sobretudo o Foto-realismo, técnica em que a pintura é similar a uma fotografia, e que se enquadra no movimento artístico denominado de Hiper-realismo.
Frequentou a Universidade de Washington, em Seattle, e a Faculdade de Arte e Arquitectura, em Yale. Enquanto estudante, Close foi fortemente influenciado pelo expressionismo abstracto muito em voga na pintura. Nas suas experiências começa a reduzir o tamanho das pinceladas ao mais pequeno grau ao ponto de minimizar ou mesmo eliminar a sua relevância. Por este motivo, o seu estilo foi muitas vezes comparado ao de movimentos artísticos como o minimalismo ou até o Foto-realismo, que procurava criar uma ligação entre a pintura e a fotografia na representação.
Ao receber uma bolsa de estudo, Close parte para Viena, na Áustria, para estudar na Akademie der Bildenen Künste. Em 1965, começa a trabalhar a partir de fotografias. A sua primeira exposição individual realizou-se em Nova Iorque, em 1970. É também nesta época que os seus retratos começam a ganhar reconhecimento. Um auto-retrato gigantesco a preto e branco foi o primeiro trabalho pintado a partir de fotografias, levando quatro meses a ser concluído. Para realizar este trabalho, Close fez várias fotografias de si próprio onde a cabeça e o pescoço ocupavam todo o enquadramento, transferindo depois ponto por ponto para a enorme tela, pintada com tinta acrílica e um aerógrafo.
Desde 1968 Chuck Close tem pintado diversos retratos de grande tamanho baseados em fotografias previamente tiradas por si. O seu primeiro quadro com aplicação desta técnica, "Big Self Portrait", um auto-retrato pintado a preto e branco, foi exibido na New York Gallery of Modern Art em 1973. Seguiram-se pinturas do rosto de amigos como Richard Serra ou Philip Glass. Desde então pinta frequentemente os mesmos retratos utilizando diferentes técnicas.
De longe os seus quadros são perfeitos retratos. Vistos de perto são incontáveis marcas de formas diversas (círculos, quadrados, …). Um dos quadros mais interessantes é o do rosto de uma mulher de idade avançada totalmente pintado com a impressão digital de Close.
Em 1988, Close fica paralisado numa cadeira de rodas devido a um coágulo sanguíneo na coluna vertebral. Mais tarde acabaria por conseguir readquirir a mobilidade parcial dos seus braços, mas, entretanto, não desiste e regressa à pintura, embora recorrendo a algumas técnicas que lhe permitissem trabalhar na sua cadeira de rodas. Passa a pintar com o pincel na boca. Os seus retratos são delineados pelos seus assistentes, para depois serem pintados por Close numa técnica similar à utilizada no Impressionismo e no Pontilhismo. O resultado é uma tela com pequenas pinturas que vistas a uma determinada distância parecem uma única imagem. Inúmeras fotografias de Chuck Close encontram-se integradas em colecções de instituições como o Art Institute of Chicago, o Philadelphia Museum of Art, o Whitney Museum of American Art, a Tate Gallery (Londres) e o Musee National d'Art Moderne (França). Entre 1989e 1999, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque organizou uma retrospectiva do seu trabalho.

Fonte WIKIPÉDIA E BING

quarta-feira, 9 de maio de 2012

"DANAE"

"DANAE" ACRÍLICO SOBRE TELA, 45X50,5 cm
Desapontado por não ter herdeiros masculinos, Acrísio procura um oráculo, o qual respondeu-lhe que, mesmo se escondesse no fim da Terra, seria morto pelo seu neto, filho de Dânae.

A princesa era ainda virgem e, para que jamais tivesse um filho, o rei aprisionou-a numa torre de bronze (segundo a tradição, poderá tê-la escondido também num quarto subterrâneo, cujas paredes se ergueram em bronze, ou numa caverna), que manteve constantemente vigiada por seus guardas mais valorosos. Pretendia, assim, evitar que ela lhe desse um herdeiro, seu futuro assassino.

Apesar de todos esses cuidados, Zeus, tomado de amores pela jovem e bela princesa, transmuta-se numa chuva de ouro, e penetra no edifício por um orifício no teto deste, caindo sobre o colo de Dânae, engravidando-a. Foi assim gerado Perseu.

Coloquei minha Danae num jardim florido envolta numa numa neblina dourada de polem. Ela dorme serenamente... Ou será que esta no meio de um sonho de amor?

Com certeza esta sendo tocada, podemos até sentir a presença de Zeus enquanto espectadores. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

"O Jogo"

"O JOGO", ACRÍLICO SOBRE TELA 45X50,5cm
Este é um de meus trabalhos em que retrato uma mulher com câncer, mas que revela uma beleza imensa. O cobertor azul sendo apreciado num momento de reflexão. O deseje de viver e o planejar o futuro foram inseridos neste gesto aparentemente inconsciente. O painel xadrez revela o jogo em que muitas vezes nos envolvemos sem perceber. O desdobrar de tudo revelado numa quina do tabuleiro.

Esta tela é parte de um  desejo antigo. A saudade de uma pessoa de quem muito gostei e que fez parte de um belo momento em minha vida durante a adolescência. Infelizmente esta pessoa não conseguiu vencer o câncer, mas fez despertar em mim uma paixão imensa pela vida. Fui marcado pelo sorriso dessa pessoa e jamais pude esquecer aquele jeito alegre de viver.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"MENINAS"

"MENINAS"
SANGUÍNEA E PASTEL A ÓLEO SOBRE CARTOLINA
25X30,5cm 1999

As meninas já se pintaram, colocaram colares de miçangas e pentearam os longos cabelos negros.  Uma longa festa irá começar. Todos na tribo estão felizes. Dançam em roda, como num agradecimento a terra. Um farto banquete é servido.